O
rio Apodi-Mossoró no início da povoação foi utilizado para matar a sede de
comunidades ribeirinhas e para a navegação, interligando os municípios de
Mossoró e Areia Branca. Também permitia a retirada do fruto da oiticica e os
mais diversos produtos da carnaubeira (madeira, cera, palha, raízes medicinais,
e os frutos), espécies nativas presentes nas margens dos rios. Podem-se
destacar, ainda, a pesca e a plantação das vazantes nas margens e no leito seco
do rio no período de carência de chuva.
O
autor Cascudo destacou a importância do rio Apodi-Mossoró para o povoamento da
região Oeste:
“A água fixa o homem.
Em Mossoró há uma batalha de duzentos anos do homem fixando água. Era uma
região conquistada para o gado, mas a própria pecuária determina o aspecto disperso
e fragmentado do povoamento. Mas a população se adensou nos pontos ásperos onde
ainda hoje é uma surpresa a cidade ter nascido contra a permanência de fatores
negativos. Sua crônica podia ser igual a de uma povoação da África
setentrional, vivendo ao derredor dos seus raros poços, guardando com longas
armas ciumentas o espelho precioso da água imóvel.” (Cascudo, 1953)
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