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O rio Apodi-Mossoró, desde a nascente, apresenta sinais claros de
problemas ecológicos, como poluição decorrente do lançamento de esgotos,
diminuição de sua mata ciliar e assoreamento. Esse quadro de degradação
ambiental se agrava ainda mais em virtude do grau de contaminação da água na
área do perímetro urbano de Mossoró. |
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A população tem contato direto com o lixo. |
Nesse espaço físico, segundo dados da Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente de Mossoró (SEDETEMA), existem
1.196 domicílios, onde vivem 7.218 habitantes, considerando apenas a faixa
delimitada pelo Instituto de Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA),
como área de proteção permanente, que é de 50 metros, a partir das margens.
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Lixo e moradias em áreas de risco. É nessa faixa que o problema é mais grave, uma vez que nela são lançados,
diretamente, os rejeitos líquidos da atividade industrial, da prestação de
serviços e até efluentes orgânicos domésticos, gerando altos índices de
poluição química, comprovada pela existência de metais pesados. A poluição
física é visivelmente identificada pela quantidade de material em suspensão e a
biológica comprova-se pela grande quantidade de vírus e bactérias patogênicas.
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Atualmente,
no perímetro urbano de Mossoró, onde os índices de poluição das águas são
elevados e o pescado é de má qualidade biológica, muitas famílias ribeirinhas
ainda pescam a espécie tilápia para consumo próprio e para a comercialização .
O
fator mais preocupante é a presença, em alta escala, de metais pesados como
cádmio, ferro, cromo, chumbo e zinco, lançados no leito do rio por pequenas
empresas. Esses metais, em alta concentração, são absorvidos pelos peixes e, em
consequência, pela população que se alimenta dos mesmos podendo causar câncer
de estômago.
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